Acampamento Marielle Vive MST Campinas

Acampamento Marielle Vive recebe solidariedade

A decisão judicial que determina a reintegração de posse do Acampamento Marielle Vive, em Valinhos, gerou comoção entre políticos e movimentos sociais na Região Metropolitana de Campinas. Todos querem ajudar na luta das 450 famílias que vivem no local e que receberam com perplexidade a noticia da decisão judicial que determina a reintegração de posse do terreno.

A ação estava parada desde setembro de 2020 quando o desembargador José Tarcísio Beraldo, do Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu a reintegração. O motivo era a conjuntura excepcional criada com a pandemia da covid-19.

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Para o presidente da Associação dos Docentes da Unicamp, Wagner Romão, os benefícios gerados pelo acampamento não podem ser ignorados. Para ele, a decisão judicial está desconectada da realidade.

A visão é compartilhada pelo integrante da direção estadual da CUT em São Paulo, Carlos Fábio. E ele assegura: a reação já está sendo arquitetada.

Os parlamentares de Campinas também querem participar do processo de solidariedade. De acordo com o líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara Municipal de Campinas, Cecílio Santos, a decisão trará um impacto social muito negativo.

Paulo Bufalo do PSOL relembra que a Câmara Municipal de Campinas aprovou uma moção de solidariedade as famílias residentes no Acampamento Marielle. Segundo ele, estas famílias mudaram o local para algo muito melhor do que aquilo que existia antigamente.

O acampamento surgiu um mês após a execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, no Rio de Janeiro. Os assassinatos tanto da vereadora como motorista aconteceram no dia 14 de março de 2018.

O Acampamento tem 130 hectares e conta com uma horta coletiva de mil metros quadrados. No dia 02 de novembro de 2019 o Acampamento Marielle Vive inaugurou uma escola popular, que agora está ameaçada de continuidade devido a reintegração.

Reportagem Elias Aredes com foto do MST SP. Publicada primeiro em Rádio Brasil

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